Publicado em 07/12/2018 22:12
Importante ressaltar a ousadia na realização deste Congresso – quando a FACESP completa 30 anos – em meio a uma conjuntura muito desfavorável aos movimentos sociais. A Diretoria trabalhou num período curtíssimo, pois tanto as mobilizações do primeiro semestre contra a perda de direitos, quanto as eleições, acabaram por retardar o Congresso que ocorreu entre o segundo turno e a poucas semanas antes do Natal. Afora isso, houve muita dificuldade financeira para fazer com que o Congresso acontecesse. Os próprios(as) delegados(as) se empenharam muito para garantir o deslocamento até o local sede.
Diante de tudo isso; conseguir pautar a conjuntura, debater os desafios do movimento comunitário e organizá-lo para o próximo período, tem um valor inestimável para as lideranças presentes no Congresso, e principalmente para as mulheres, que trouxeram filhos de colo, mostrando superação para juntos construírem uma plataforma e apontar uma agenda de lutas para 2019, se somando a um conjunto maior de lutadores do Povo que dizem: “nenhum direito a menos!”
Embora ainda não tenham sido empossados, o consórcio BolsoDória já dá pistas de seu desapreço pela democracia, pelas liberdades de: organização, manifestação e expressão, além de prenunciar a entrega de todo patrimônio do Povo brasileiro através das privatizações e da renúncia da soberania, servindo de capacho para os EUA. A luta em São Paulo será redobrada.
Todas as mesas tiveram a coordenação de um diretor da FACESP, que buscou facilitar o debate entre os delegados e os convidados, em temas como: saúde, habitação, educação, saneamento, cultura, mobilidade urbana, Direitos Humanos, Segurança Pública, entre outros. O plenário trouxe muitas contribuições a tese do Congresso e também escreveu várias moções contra o desmonte de políticas públicas. Uma das melhores mesas foi a de Políticas Sociais, que teve a participação de uma indígena da Aldeia Vanuire, a companheira Lidiane Damasceno, que deu uma aula sobre civilização e o respeito aos primeiros povos desta terra.
Em meio aos debates, houve um momento de cultura e descontração, com a apresentação do grupo de balé “Dançando para não dançar”, vindo da comunidade de Jd. Maristela (Capital), que existe a 15 anos, dentro da Entidade Projeto Gerações, e foi fortalecido pelo Programa 2º Tempo, do Ministério do Esporte (2005), prova de que investir na cultura e esporte para a juventude, é melhor que investir em presídio.
Antes do final foi lida a carta da “1ª Plenária Nacional do Movimento Popular Urbano” que denuncia a desconstrução das políticas de Desenvolvimento Urbano e Moradia. Assinam esta carta, as seguintes entidades: CONAM, CMP, MLB, MNLM, UNMP e MTD. Aproveitando o ensejo, também foi lançado o MRUS – Movimento por Moradia e Reforma Urbana Sustentável do Guarujá.
No último ponto da programação, a Comissão Eleitoral apresentou a Chapa construída entre todas as forças políticas presentes ao 11º CONFACESP, para uma Diretoria de 41 nomes e mandato de 4 anos, que será conduzida pela Presidenta Maura Augusta. Foi uma Chapa de unidade na luta, que levou em consideração o tamanho das bancadas, as regiões e os movimentos representados. Não houve espaço para disputa menor, uma vez que ações unitárias serão necessárias para se garantir os direitos. A Chapa proposta foi eleita por aclamação do plenário e sua funções divididas da seguinte forma: 9 diretores na executiva, 8 diretores com pasta, 13 diretores regionais e 11 diretores plenos. O Conselho fiscal com 3 titulares e 2 suplentes.
Matéria: TONHÃO (Antonio Pedro)
Fotos: disponibilizadas pelos delegados
Diretor de Comunicação/Facesp
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