Publicado em 24/03/2018 17:07
O Fórum Social Mundial é uma iniciativa da sociedade civil organizada, nascida em Porto Alegre, em 2001, que promove o encontro democrático, plural e de resistência com o objetivo de incentivar debates, aprofundamento da reflexão coletiva, troca de experiências e a constituição de coalizões e de redes entre os movimentos da sociedade civil organizada e organizações comunitárias que se opõem ao neoliberalismo e ao domínio do mundo pelo capital.MDM esteve presente com dois coordenadores na 13ª edição do Fórum Social Mundial, realizado em Salvador, de 13 a 17 de março. O lema do Fórum foi “Resistir é criar, Resistir é transformar” e traduzia o pensamento de milhares de pessoas, de 120 países, que durante seis dias se dedicaram a discutir experiências, idéias e esperanças para um outro mundo com justiça, igualdade e solidariedade. Não é possível um mundo melhor quando meia dúzia de pessoas toma para sí metade da riqueza do planeta e milhões em todo o mundo padecem na miséria.
Foram centenas de atividades que trataram de praticamente todos os assuntos: refugiados, feminicídio das mulheres negras, meio ambiente, direito das populações tradicionais, juventude, combate ao racismo, populações em áreas de conflito, democratização da mídia, direito a cidade, combate a homofobia, mundo do trabalho, entre outros que foram impossíveis de acompanhar por causa do tempo e da distância entre elas, e ainda porque muitas aconteciam ao mesmo tempo em locais diferentes. Felizmente a maior parte dos eventos ocorreu na UFBA – Universidade Federal da Bahia.
Fora as atividades em salas ou tendas, houve também várias caminhadas e passeatas como a Marcha de Abertura (encontro das diversidades) que saiu da Praça Campo Grande e foi até a Praça do Povo, num percurso de 4 km. Outra agenda muito importante foi a Assembléia Mundial das Mulheres que ocorreu num clima de muita comoção, pois ocorreu no dia seguinte ao assassinato da militante e vereadora carioca, Marielle Franco.
Nilda e Tonhão – coordenadores do MDM se ocuparam mais das agendas que tinham relação com a habitação, participaram nos dias 13 e 14 de março, do Tribunal Internacional contra os despejos, onde relatos de muito sofrimento foram feitos aos julgadores e a representantes da Defensoria Pública e Ministério Público que acolheram as denuncias de violação do direito a moradia e posteriormente darão acompanhamento aos casos
Também visitaram uma ocupação no centro de Salvador, organizada pela FABS e pelo MDMT (filiadas a CONAM), onde conquistaram o prédio e vão construir 80 unidades habitacionais e um espaço cultural. Neste espaço foi montada uma roda de conversa onde representando a FACESP/MDM, o coordenador Tonhão fez parte da mesa, juntamente com outros companheiros da Venezuela e México para avaliar a situação na América Latina e no Brasil sobre os direitos sociais e a perseguição as lideranças de movimentos populares.
Assista aqui ao vídeo da fala do companheiro Tonhão durante uma das diversas mesas de debates do Fórum:
Veja abaixo a galeria de fotos das Atividades:
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