Caixa Econômica reafirma parceria com MDM

O compromisso de parceria com os projetos do Movimento pelo Direito à Moradia foi reafirmado no seminário “Projetos Habitacionais em Parceria com Movimentos de Moradia realizado no último sábado (16), no Sindicato dos Oficiais Marceneiros de São Paulo.

Cerca de 70 Lideranças e coordenadores do MDM participaram do Seminário de Capacitação realizado pelo movimento, com o apoio da Federação das Associações Comunitárias do Estado de São Paulo (Facesp) e da Confederação Nacional das Associações de Moradia (CONAM). Na mesa estava presente o gerente regional da Caixa Econômica da Sé, Antônio Marsura que falou sobre a importância da parceria dos Movimentos de Moradia para cumprir a meta do Programa Minha Casa Minha Vida no atendimento as famílias de baixa renda.

Antônio Marsura ressaltou o compromisso do ministério das cidades com a questão da adequação do limite da renda familiar de R$ 1.600,00 para três salários mínimos e também destacou a necessidade da articulação dos três níveis de governo – municipal, estadual e federal – para atender a demanda prioritária, que são as famílias que recebem até três salários, além de reafirmar a parceria da Caixa com o MDM”.

Cintia Velloso, coordenadora de filial da CAIXA-GIDUR/SP- Habitação de Interesse Social – Movimentos Sociais, apresentou o Programa Minha Casa Minha Vida Entidade. Entre outros assuntos, ela falou das modalidades de construção em parceria com as entidades sociais.

O debate também contou com a presença de Reinaldo Iapequino da Agência Paulista de Habitação Social, que falou da importância da Casa Paulista “como um braço da CDHU para apoiar projetos de movimentos sociais e da inciativa privada”. Ele também falou das Parcerias Público-Privadas, que conta com apoio técnico e aporte de recursos para projetos na área central de São Paulo.

Edmundo Fontes, representante da secretaria municipal de habitação, falou da adesão da pasta no apoio aos projetos do Programa Minha Casa Minha Vida. “A secretaria, em conjunto com a Caixa e a Agência Paulista de Habitação, está acelerando o processo de construção de 55 mil novas moradias e isso só será possível com a parceria com os três níveis de governo para atender também a perspectiva dos movimentos sociais de moradia”.

Para Nilda Neves, coordenadora geral do MDM, o seminário alcançou o seu objetivo de esclarecer as dúvidas dos militantes para ter mais clareza em sua tática.

“A vinda da Caixa aqui ajuda muito, pois temos o desafio de desburocratizar e acelerar os processos de aprovação dos projetos das entidades sociais. Além disso, há necessidade de maior controle do Estado sobre essa questão, pois a especulação imobiliária é mais aguda nas áreas mais valorizadas de São Paulo, o que inviabiliza projetos de moradia popular”, salientou Nilda.

Participação popular

O tema da participação popular teve destaque na fala da Presidente da FACESP, Maria José, que falou da importância da participação dos movimentos de moradia junto aos Conselhos.
“Os movimentos precisam atuar nos conselhos de habitação para ajudar a formular novas políticas públicas, disputar os rumos de cada plano habitacional e fortalecer as boas iniciativas que visam ampliar os nossos direitos”, falou a presidente da entidade estadual.

A importância da participação popular foi ressaltada pelo vereador Orlando Silva, que defendeu que “os movimentos sociais são importantes no fortalecimento e consolidação da democracia”.
O deputado estadual Alcides Amazonas disse que a “conquista de novos direitos só irá acontecer se os setores organizados da sociedade se mobilizarem para pressionar e conquistar mais vitórias”.

De São Paulo, Ana Flávia Marx, com informações da diretoria do MDM.

Fonte: Portal O Vermelho